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domingo, 28 de novembro de 2010

24.Templários em Idanha-a-Velha em 1245


Leitura: (Da autoria de Mário Jorge Barroca)
.ERA.Mª.CCª.
.2 XXX.III.REX.SACus
MAGISTER.TENPLI.M
NARTINI.PERCALCAVIT.VI
LA.EGITANIE.R.PETRI COMO

Interpretação: Na era de César de 1283 (ou seja1245 da era de Cristo), no reinado de D. Sancho II, o Mestre do Templo Martin Martins entrou na posse da vila da Egitânia, sendo Comendador R. Pedro (Seg. Fernando de Almeida, Egitânia: história e arqueologia, 1956, p. 246)

Trata-se de uma inscrição comemorativa da entrada na posse dos Templários de Idanha-a-Velha. Está no tímpano da janela do 1º andar da torre de menagem do castelo de Idanha-a-Velha.

Bibliografia:
  • Fernando de Almeida - Egitânia: história e arqueologia, 1956.
  • Mário Jorge Barroca - Epigrafia medieval portuguesa, 2000.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

23. Lápide em letra gótica de Santa Maria do Castelo(Castelo Branco)

Lápide de granito, escrita com caracteres góticos, provavelmente a inscrição mais antiga das que ainda se notam no piso da igreja de Santa Maria do Castelo. Não tento qualquer leitura, pois quando tirei esta foto, há mais de 25 anos não tive tempo para efectuar uma leitura de pormenor, nem efectuar qualquer medição das lápides desta igreja. Pela foto é um pouco dificil ler. Interpretam-se aquí e alí algumas letras, mas sem qualquer contexto. Alguém consegue ver alguma coisa?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

22. Um fragmento de lápide de Santa Maria do Castelo (Castelo Branco)


Fragmento de lápide em granito, encrustada no corpo da igreja de Santa Maria do Castelo, na capital albicastrense. Apenas restam duas linhas, mesmo assim é dos fragmentos um dos que estão melhor preservados. Imaginem como estão os demais...

Leitura:
S.DE.TOME R(?)
IZ.CAMBOFou B(?)

Interpretação: Sepultura de Tomé Rodrigues Cam...

As letras sublinhadas estão em nexo.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

21. Sepultura de Henriques Aires no Convento dos Capuchos (Castelo Branco)


Lápide em granito numa divisão contigua ao claustro do antigo Convento de Santo António dos Capuchos na cidade albicastrense. Este imóvel está convertido em prisão depois de ter passado "maus bocados" nas mãos dos militares durente quase 150 anos.
Leitura:
S.DAMRIQS
ARES.ESEVS.DE
CENDNTS ED
MIA ROIZ SVAMV
LHER
Interpretação: Sepultura de Henriques Aires, seus descendentes e de Maria Rodrigues, sua mulher.

As letras formando nexos estão sublinhadas.
Bibliografia:
  • Estevam Rolão - Pedras tumulares do regimento de infantaria, Reconquista, nº 1965 de 22 de Julho de 1983.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

20. Mais uma lápide do cemitério da Sé Albicastrense

Lápide de granito, proveniente do adro da Sé de Castelo Branco, onde estava inserida perto do portão que dá acesso à sacristia grande, na parte interior ao gradeamento. Lembro-me muito bem dela ainda lá anos a fio. Entrou para o Museu em 1982 por oferta da Paróquia de S. Miguel da Sé.

Leitura:
.S.DEFRCº
ROIZ E DE
SEVS ERºS
PVXA
Interpretação: Sepultura de Francisco Rodrigues e de seus herdeiros. PVXA

O que será PVXA? Sinceramente não sei. Alguma formula ao estilo "romanorum"?
Dimensões: 57 x 54 x 16 cm.
Número de inventário: 82.17
As letras em nexo estão sublinhadas.
Já foi publicada no Jornal do Fundão ainda antes de entrar para o Museu por Manuel Leitão, sendo esse estudo depois complementado por achega de Joaquim Candeias da Silva no mesmo periódico.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

19. Uma lápide do adro da matriz idanhense

Lápide de granito incrustada no adro da igreja matriz de Idanha-a-Nova.

Leitura: 
SA DE MAEL :
ROIZS
BIGOTE
E DE SEVS
ERDROS
1724

Interpretação: Sepultura de Manuel Rodrigues Bigote e de seus herdeiros. 1724.
Dimensões: 160 x 67 cm.
As letras sublinhadas estão em nexo.
Bibliografia: 
  • Joaquim Baptista - Epigrafia portuguesa da vila de Idanha-a-Nova (no prelo).

sábado, 6 de novembro de 2010

18. Lápide dos gémeos siameses


Lápide em granito, proveniente da demolida capela de S. Brás sita ao castelo de Castelo Branco. Entrou para o Museu Francisco Tavares Proença Júnior de Castelo Branco a 24 de Janeiro de1909, por oferta da Junta da Paróquia.

Leitura:
VISCERA,SVNTVNVM
IMVS,VENTER,SEXUS
ET HEPAR:
BINIE,SVNT,ANIMAE,CAE
TERA,BINA,QVOQVE
ISTIS,QVAM,VITAM,
BONA,-DAT-VENTV
RA,GEMELLIS,
ABDONETSENNEN,
RESTITVERE,DEO
AST,HORIS,SEPTEM,
LANGVES,IAGET,
VNA,SVPERSTES,
SIC,SOCIAE,SATA,
GENS,DVM,SEQVI
TVR,MORIENS
1716


Interpretação: Abdon e Sémen, que nasceram ligados, têm um só baixo ventre, sexo e fígado; têm vidas diferentes e distintas todas as demais coisas. Deram a vida a Deus, pois, morreu um e o outro morreu também, desfalecendo pouco a pouco durante sete horas. Juntos foram gerados, juntos viveram e juntos morreram. 1716

Dimensões: 140 x 66 x 9 cm
Número de inventário: 10.66

Relata este documento um parto prodigioso ocorrido a 14 de Julho de 1716, em que nasceram gémeos siameses ligados pelo baixo ventre. Faleceram a 31 de Julho, sendo sepultados, depois de autopsiados por ordem do Bispo da Guarda D. João de Mendonça num nicho da parede da capela de S. Brás. Posteriormente o mesmo Bispo mandou eleborar esta lápide a evocar o fenómeno e colocou-a a cobrir o nicho onde os infelizes gémeos foram colocados.
Existe inúmera bibliografia sobre o acontecimento, com destaque para o estudo de Pedro Salvado (Um parto prodigioso em Castelo Branco no séc. XVIII, in Medicina na Beira Interior da Pré-história ao século XX, 8, 1994, p. 53-60). Sobre a lápide em si ainda está por ser feito o estudo de pormenor, no qual estou debruçado.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

17. Convento de Santo António dos Capuchos (Castelo Branco)

Na torse de uma porta do antigo convento de S. António dos Capuchos em Castelo Branco, existe esta inscrição sentenciosa, que é, nada mais nada menos que o mote de um poema do "boca de inferno" Gregório Matos Guerra, dedicado a S. António, e a que já me referi há seis anos atrás.

Leitura: 
DEOS Q. HE VOSSO AMIGO DA ALMA NA MAÕ SE VOS VEIO POR
VENDO Q. DO SEV AMOR. SO VOS LEVAVEIS A PALMA 1719

Interpretação: Deus que é vosso Amigo da Alma na mão se vois veio por, que que do seu Amor só vós leváveis a palma. 1719.
A interpretação só se percebe no âmbito do poema .

Bibliografia: